Indisciplina escolar infantil: causas, consequências e como combatê-la indisciplina-escolar-infantil-causas-consequencias-e-como-combatela.jpeg 02/ABR 1.7K A indisciplina escolar infantil é um dos grandes desafios no universo escolar, tanto para alunos quanto para professores e família. Saiba como lidar com ela. A indisciplina infantil é um dos grandes desafios no ambiente escolar — tanto para os professores, quanto para os próprios alunos e a família. Além de dificultar o processo de aprendizagem, esse tipo de comportamento pode afetar a construção das relações e prejudicar a sociabilização dos alunos. Lidar com a indisciplina, em casa ou em sala de aula, pode ser desafiador, mas não é impossível. Por isso, indicamos alguns pontos importantes para entender as causas e consequências desse problema, bem como para prevenir e lidar com tal questão. Continue a leitura para saber mais! Entendendo a indisciplina escolar infantil na escola Qualquer ambiente deve ser preservado por regras que regulamentem o comportamento e a convivência daqueles que nele estão inseridos. Portanto, o descumprimento dessas regras, a desobediência, confusão ou insubordinação, traduzem-se como indisciplina. São várias as causas desse comportamento. Porém, antes de qualquer julgamento, é importante avaliar o contexto do desenvolvimento cognitivo e emocional de cada criança. Dessa forma, torna-se possível compreender melhor por que ela se comporta dessa maneira, além de exercer uma escuta ativa e personalizar o ensino por meio de estratégias pedagógicas que promovem o desenvolvimento dos estudantes de maneira individualizada — sem, entretanto, deixar de estabelecer limites para os alunos. Verificando as principais causas do problema Como mencionado, são muitos os aspectos que podem influenciar direta e indiretamente o comportamento dos alunos: a realidade que a escola apresenta aos seus estudantes; o ambiente familiar; a forma como os alunos lidam com as emoções; o contexto social em que estão inseridos. Dessas causas, vamos destacar aqui 3, que estão diretamente relacionadas ao contexto escolar: 1. Falta de interesse nas aulas Essa é uma das principais dificuldades da educação escolar. Muito alunos comparecem à aula apenas por obrigação, não se envolvem nas atividades propostas e tornam-se apáticos. Tal desinteresse pode ser porque eles não percebem a utilidade dos conteúdos apresentados ou devido a uma didática monótona do professor — quando ele ensina tudo do mesmo jeito, as aulas são sempre iguais. Com isso, os estudantes ficam entediados, ansiosos e podem facilmente desviar o foco com barulhos, brincadeiras, conversas paralelas etc. Por outro lado, esses comportamentos, mesmo que indisciplinares, podem ser sintomas de um desejo por uma experiência escolar mais estimulante. Nesse caso, é fundamental buscar apoio da instituição para adotar meios mais lúdicos e criativos de ensinar, que mobilizem o interesse dos alunos para os conteúdos ministrados. Já existem vários exemplos de professores que propõem aulas dinâmicas, não só para combater a dificuldade de concentração e engajamento, mas também para aumentar o nível de assimilação dos alunos. 2. Dificuldade de dosar as ações contra a indisciplina infantil Quando os combinados da aula não são respeitados, cabe ao professor balancear as medidas de conscientização conforme a gravidade das ações. Por exemplo: xingamentos e agressões entre colegas precisam de maior intervenção e cuidado do que comportamentos como usar boné em sala de aula. Se o professor trata todas essas ações da mesma maneira, aqueles que praticaram atos mais leves podem se revoltar e responder com um nível de indisciplina ainda maior. O que fazer nesses casos? É recomendável analisar a real gravidade de cada problema e estabelecer critérios e níveis segundo a indisciplina. Lembre-se de que a falta de referência na hora de abordá-los pode gerar injustiças ou medidas excessivas. Também é importante destacar que, nessas situações, o docente precisa contar com o apoio dos seus colegas, além da coordenação e direção da escola para lidar melhor com a indisciplina. 3. Violência gerada por violência sofrida A falta de medidas preventivas ou de conscientização em casos de violência ou bullying pode nutrir um sentimento de injustiça e abandono por parte das crianças e jovens que são alvos dessas ações. Da mesma forma, aqueles que praticam esses atos podem mais facilmente naturalizá-los e repeti-los, gerando um gatilho para a violência generalizada e um círculo vicioso de indisciplina e hostilidade. Para lidar com esse problema, as medidas de conscientização são o caminho mais efetivo. Por meio de atividades que estimulem o senso de cooperação e igualdade, é possível dissolver conflitos. Palestras e ações educativas, com o engajamento da família, podem levar à raiz do problema e apontar as razões que motivam a indisciplina e a violência em uma criança. Por meio da afetividade somada ao empenho em conscientizar os alunos dos desdobramentos que comportamentos dessa natureza podem acarretar na vida de todos, o professor amplia o sentimento de justiça, aumentando a segurança e fortalecendo o convívio harmonioso em sala de aula. Conhecendo as consequências da indisciplina infantil Agora que você já conhece 3 das principais causas da indisciplina infantil escolar e como combatê-las, vale a pena entender melhor quais são as consequências desse comportamento quando prolongado ou não resolvido. Pensando nisso, reunimos 3 efeitos da indisciplina na escola: 1. Queda no rendimento escolar individual O primeiro a sofrer com a indisciplina é o próprio aluno. Os conflitos entre professor e estudante passam a ser constantes e a aprendizagem vai ficando comprometida. A criança não consegue mais prestar atenção nas aulas ou pode até começar a faltar e, com isso, as notas caem. 2. Comprometimento da aprendizagem do grupo Um aluno indisciplinado geralmente rouba toda a atenção na sala de aula, tirando o foco das outras crianças. Com isso, além dele próprio ter um aprendizado menor, muitos colegas podem passar a ter dificuldade em acompanhar as aulas, o que ainda pode gerar mais indisciplina. 3. Desgaste da relação do professor com os alunos Esse tipo de comportamento também impacta na relação entre o docente e os alunos. Os professores encontram cada vez mais dificuldades para exercer seu papel em sala de aula, o que pode gerar estresse, desmotivação e prejudicar seu desempenho. Combatendo a indisciplina escolar Antes de querer combater a indisciplina, é importante acordar com os alunos quais serão as regras de convivência em sala de aula, a fim de que todos estejam cientes do funcionamento do ambiente, assim como de seu papel no conjunto. A participação das crianças e dos jovens na construção dessas regras é fundamental para que eles se sintam envolvidos e entendam as normas que regem o espaço e as relações nos quais estão inseridos, além da razão de cada umas delas existirem e serem respeitadas. Veja outras ações que podem ser adotadas no combate à indisciplina infantil na escola: elaborar atividades educativas e lúdicas que ensinem sobre bons hábitos; envolver os alunos em atividades de descontração, riso e autoexpressão; incentivar a família a estar sempre atenta ao comportamento das crianças e dos adolescentes, conversando sobre o dia a dia escolar, identificando as questões emocionais que as afligem; lembrar que a família é o exemplo central para as crianças. Elas aprendem eminentemente pelo exemplo, isto é, secundarizam o discurso. Portanto, não adianta agir com autoritarismo e apenas brigar, gritar ou repreender para tentar enfrentar a indisciplina infantil. Esse tipo de postura pode agravar a situação, levando as crianças a se comportarem de maneira ainda pior. O primeiro passo é entender o contexto em que elas vivem e, a partir daí, estabelecer uma relação e uma comunicação pautadas no respeito, no amor e no carinho. Tal postura favorece um comportamento semelhante nas crianças, o que auxilia e minimiza os conflitos, promovendo e mantendo a harmonia do ambiente. Lidando com diferentes perfis de alunos Outro importante desafio dos professores é aprender a lidar com os vários tipos de alunos que existem e se misturam no ambiente escolar. Para ajudá-los nessa tarefa, reunimos as características de alguns dos perfis mais comuns de estudantes indisciplinados: 1. A geração Z Esse grupo é formado pelas crianças que já nascem com um smartphone na mão e estão sempre conectadas. Elas se sentem muito mais à vontade para se relacionar por meio das redes sociais e estão habituadas à inovação e à velocidade. Essa geração está crescendo e ocupando as salas de aula, trazendo consigo um novo desafio para os professores. Afinal, é importante não deixar que o uso constante das tecnologias leve esses jovens a se tornarem adultos sem qualificação. Para isso, cabe ao professor: ensinar os alunos a fazerem uso da tecnologia em prol do seu próprio desenvolvimento; mostrar à turma como selecionar mais assertivamente as informações em meio à imensidão de conteúdo; incentivar a utilização dos recursos tecnológicos para o enriquecimento cultural; preparar aulas mais dinâmicas e diversificadas, realizando, preferencialmente, atividades práticas e coletivas. 2. O agressivo É o aluno que está sempre discordando de todo mundo e criando confusão sem necessidade. Para conter esse tipo de comportamento, é importante que o professor não aponte o dedo para o estudante, mas sim que deixe claro que essa postura não será admitida em sala de aula. Vale explicar os motivos pelos quais a agressividade não é tolerada e as consequências para quem se comportar dessa forma. Se necessário, a família pode ser envolvida para tentar encontrar uma solução. 3. O desafiador Geralmente, a postura desse tipo de aluno é questionar o tempo todo o professor. Apesar de muitas vezes esse comportamento ser irritante, é preciso manter a calma e impor limites para o estudante. Deixe claro que questionamentos são importantes para o aprendizado de todos, mas que é preciso saber o momento certo para falar. Estabeleça algumas regras para o diálogo com esse aluno e o resto da turma. 4. O distraído Algumas crianças se desconcentram facilmente com qualquer coisa, seja um barulho, uma conversa paralela ou, até mesmo, pela própria imaginação fértil. Já os alunos um pouco maiores tendem a se dispersar com temas considerados “chatos” ou complexos. Aulas mais dinâmicas e interativas são importantes métodos para evitar essas distrações, pois ajudam a manter o foco do aluno no professor. Vale também ficar atento à disposição dos lugares e deixar essas crianças sempre longe de janelas e portas, lugares queo


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