PALESTRA DO PROFESSOR DOUTOR JOE GARCIA
AS CONEXÕES ENTRE O
OLHAR E A PRÁTICA EDUCATIVA SOB A PERSPECTIVA DA DIVERSIDADE
PALESTRANTE: DR. JOE GARCIA
DATA: 14/04/2012
EVENTO: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO SARAIVA
LOCAL: HOTEL NOVOTEL
O palestrante iniciou apresentação a partir de uma metáfora
entre a germinação de uma semente e a vida do ser humano. Para que ambos
germinem e se desenvolvam as condições externas são fundamentais e a respiração
é fator indispensável a ambos.
Esse olhar já estava presente em vários pensadores. No sec.
XVI, o professor, cientista e escrito checo Comenius, Rousseau no sec. XVIII,
época em que pregava” dentro do coração
de cada criança, habita uma semente de humanidade”. Nessa mesma época, Fröbel –
criador do 1º jardim de infância - onde as crianças eram consideradas
como plantinhas de um jardim, do qual o professor seria o jardineiro. A partir desse contexto histórico
estabelece uma interessante relação entre o mundo dos vegetais e a escola: a
semente para germinar e se desenvolver depende do meio ambiente assim como o
aluno na escola. Num processo interativo
com os participantes, questiona: O que está sendo feito em nossas escolas.
Apresenta então um painel com inúmeras palavras e a partir
desse mote, tem início o desenvolvimento do tema proposto, de modo direto, pois
indiretamente, relação entre o painel, o tema e a metáfora inicial já estava
visível.
O QUE É DIVERSIDADE?
·
É uma construção social, cultural, histórica.
·
Tem a ver lidar com as diferenças
·
Elaboração processual
COMO LIDAMOS COM A
DIVERSIDADE DENTRO DA ESCOLA?
·
No interior da escola há toda uma múltipla
diversidade
·
Há algumas décadas uma das questões era lidar
com o namoro entre os adolescentes: “PROIBIDO
BEIJAR”. Hoje a questão é o namoro entre meninas e/ou entre meninos
o
O que
fazer?
o
O que
estamos entendendo por diversidade?
o
Que
práticas sociais sustentam a escola – que concepções?
o
As
práticas que utilizamos para avaliar contemplam as diversidades cognitivas?
DIREÇÕES:
·
O grande desafio é passar de uma atitude de
tolerância para uma atitude aceitação
·
O trabalho com tolerância tem a ver com o olhar
que se tem sobre o outro:
o
Como eu vejo você com o significado de “Eu vejo
você”. s mudar
·
Tornar visível o invisível.
·
A diversidade tem que ser visível na escola.
·
Atitudes simples: Ex.:
o
Professor: Cada dia escolhe 3 alunos para
destaque. Chamar um deles e criar
aproximações. “xxxxxx, qual seu time de futebol”? Qual seu esporte favorito? 3
pequenas entrevistas.
·
Precisa além de boa vontade – PLANEJAMENTO
·
Se é um processo de construção – tem que se repensar
·
Necessidade de transformar o currículo
·
Não podemos continuar fazendo nossa prática como
é feita hoje.
o
Como
podemos mudar?
O Palestrante propõe:
- o Descobrir “você” (o outro) dentro de mim.
- o Abrir o currículo para outros saberes (não oficiais).
- o Ampliar o campo de contato e experiências culturais.
- o Situações de aprendizagem que explorem diferentes perspectivas e práticas culturais.
- o Valorizar e reconhecer as diferentes vozes, experiências e contribuições de diferentes grupos raciais. Como estão essas vozes na escola? Dar voz a essas vozes.
- o Criar debates na escola sobre racismo, sexismos e outras formas de discriminação e injustiça social. Desenvolver projetos e ações que promovam a diversidade não só no interior da escola, mas que envolva o contexto social.
- o Diversidade tem a ver com o lúdico também.
- o A palestra foi encerrada com a apresentação da dupla de atores/cantores/animadores que através de cantigas e brincadeiras mobilizaram todos os participantes promovendo uma verdadeira integração entre a heterogeneidade que é característica de um grupo de aproximadamente 500 pessoas.
http://www.direcionaleducador.com.br/artigos/entrevista-joe-garcia
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