MATRIZ CURRICULAR = HABILIDADE 34
HAB.34- Organizar os episódios principais de uma narrativa
literária na sequência lógica. (GII)
Tema 6: Compreensão de textos Literários
PROFESSOR:
ESTA É UMA DAS HABILIDADES QUE OS ALUNOS AINDA TÊM DIFICULDADES E CUJO DESEMPENHO É AINDA ABAIXO DO BÁSICO, OU SEJA, AINDA PRECISAMOS TRABALHAR ESSA HABILIDADE JUNTO AOS NOSSOS ALUNOS.
SEGUE ABAIXO UMA CRÔNICA COM SUGESTÕES METODOLÓGICAS PARA AÇÕES PEDAGÓGICAS JUNTO AOS ALUNOS - NA SALA DE AULA
A velha contrabandista”
Stanislaw Ponte Preta
Diz que era uma
velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira
montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da
Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha. Um dia, quando ela vinha na lambreta
com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e
então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora
passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse
saco?
A velhinha sorriu com os poucos
dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e
respondeu:
- É areia!
Aí quem
sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar
da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e
dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em
frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha
passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco.
No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal
mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela
respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês
seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas às vezes, o que ela levava no
saco era areia.
Diz que foi
aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de
alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro.
Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! -
insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a
senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a
senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui
todos os dias?
- O senhor promete que não
"espáia"? - quis saber a velhinha.
- Juro - respondeu o fiscal.
- É lambreta.
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O texto de Stanlislaw Ponte Preta é
uma crônica onde o autor através de uma
sequência cronológica progressiva atrai
os leitores pela surpresa com qual finaliza sua crônica( pelo inesperado).
Para o professor, É RELEVANTE, propor atividades com
textos literários de forma a chamar a atenção dos alunos para a sequencia
narrativa. Compreender que a mesma apresenta uma progressão dos fatos. Nesse
caso, estão dispostas em ordem cronológica. Embora não seja sempre desse modo
em textos literários.
Uma série de perguntas pode ajudar,
favorecer a compreensão de como o autor dispõem os fatos/acontecimentos e em que ordem estão postos na narrativa.
Através de uma leitura compartilhada o professor contribui para a
compreensão do sentido. Importante destacar que nessa atividade todos os alunos
deverão ter o texto em mãos. Nesse caso, preferencialmente, sem a última frase
, pois o professor pode explorar as várias hipóteses que o aluno construiu,
pensou, para a resposta da velhinha.
Outra proposta para favorecer a compreensão, logo após a
leitura da crônica que o aluno identifique no texto:
·
Qual
era a rotina da velhinha ( ou da personagem principal)?
·
Por
que o fiscal rodoviário desconfiou da velhinha?
·
Qual
foi a atitude do fiscal rodoviário
frente a essa desconfiança?
·
Qual
foi a justificativa que a velhinha deu? O que ele fez? Ele se convenceu? Procure
no texto o porquê para justificar sua resposta.
·
Por
quanto tempo o fiscal rodoviário ficou de “olho” na velhinha?
·
Como
ele convenceu a velhinha a contar seu segredo.
Professor: Lembre-se voltar ao texto,
quantas vezes for necessário, é uma ótima estratégia para a garantir uma
leitura significativa.
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