SÍNTESE DA VIDEOCONFERÊNCIA: CAMINHOS DA REESCRITA


Caminhos da Reescrita
VC realizada em 20 de junho de 2013
Palestrante: Luciana Juliano Simões (RGS)
Mediadora: Roseli Cordeiro
·        
 Segundo a professora Luciana a reescrita apresenta várias ênfases.
·          Na VC, o foco de certo modo vai abordar:
·         Reflexão sobre as relações da Língua com a reescrita;
·         Relacionamento da reescrita com a Linguística. (linguística como um caminho para o aprimoramento de um texto)

·         Procurou organizar a sua fala em 3 momentos:
§  Introduzir a visão que ela tem da função da Língua Portuguesa na escola pública de Educação Básica. As sugestões só ganham sentido se a função da escola está bem clara.

§  Contar um “causo” que envolve os procedimentos de escrita e reescrita realizada coletivamente, para talvez renovar o que vai dizer do ponto de vista conceitual, com o objetivo dar segurança e despertar confiança ao professor.

§  Retomar o foco do Diário de Bordo e mostrar a relação entre os conteúdos sugeridos e sua fala na Videoconferência.

1)      Visão que tem da função da Escola Pública de Educação da Educação Básica é ter clareza em O que faz a escola e o que fazemos na escola na direção de qualificar o aluno para o presente e para o futuro.

Função da disciplina de L.P.
* trabalho efetivo de LP é o letramento escolar por meio da sala de aula,
*estabelecer pontes entre a voz do aluno e o debate público por meio da linguagem escrita (Cada vez mais complexa),

Ex. Na Olimpíada de Língua portuguesa, o material trabalha 4 gêneros/ 4 cadernos.
                 
                         Que são bons exemplos de bons projetos – representam um Conjunto de Escolarização, ou seja, um com junto de bons projetos didáticos que culminam na publicação em alguma esfera de circulação.

                         Um conjunto coeso, onde o PP estudante consiga compreender a sequência como: um conjunto de atividades que caminham para que o texto saia eficaz e efetiva e considere seus interlocutores.

                       Assim o ensino da gramática, na sala de aula, nesta visão de currículo, perde seu protagonismo para ser coadjuvante em um mergulho na cultura escrita.
         
                     Essa proposta só faz sentido se a progressão curricular ao longo da escolaridade deixar de ser uma lista de tópicos da gramática, para ser uma sucessão de projetos vivos da Língua.

2)      Causo: A professora Luciana, em uma atividade de acompanhamento de estágio, realizada para atender uma demanda do Curso de Pedagogia acompanhou uma sequencia didática trabalhada junto a uma turma da EJA, em uma escola da Periferia de Porto Alegre.

3)      Contextualizando o ambiente onde o estágio supervisionado aconteceu:

§  Perfil da escola: periferia, grupo de alunos bem heterogêneo. Fica bem próxima à Praia da Alfandega, onde ocorre uma Feira de Livros (grande tradição).

§  PROJETO DA ESTAGIÁRIA:
o   Desenvolver (construir) um projeto “Histórias de Trabalho” junto aos alunos onde o produto final seria participar de um Concurso aberto a todos e qualquer trabalhador e aceitava diversos gêneros,
o   Um dos gêneros possíveis= breve relato autobiográfico da história do trabalho em sua vida. ( de natureza autobiográfico voltado para o trabalho,
o   Finalidade: concurso
o   A estagiária trouxe vários textos, cantou uma música sobre o tema Trabalho.
                     
4)      Alimentação temática.

a.       Os alunos fizeram pesquisa sobre o trabalho,

b.      Elaboraram a capa considerando o tema e conteúdo;


5)      Depois algumas semanas, e o a elaboração do projeto estava caminhando, a escola conseguiu levar os alunos à Feira do Livro, onde estava sendo realizada uma homenagem aos 100 anos de Mario Quintana.

6)      Desafio que surgiu: como entrelaçar o que já tinha sido desenvolvido na proposta da professora estagiária e o tema da Feira do Livro.


a.       Como Mario Quintana teve uma riquíssima história de trabalho. A sugestão foi então fazer uma semana de poemas e pesquisa sobre a história de trabalho deste escritor e iniciar fazendo um texto não tão pessoal, mas contar a história de trabalho de Mario Quintana.
b.      Durante as pesquisas sobre esse tema, a professora estagiária, a partir da organização da linha de tempo feita pelos alunos do EJA, reorganizou-a e devolveu aos alunos.
c.       A primeira visita de acompanhamento da professora Luciana seria para acompanhar a 1ª reescrita coletiva sobre esse texto. Observou que a professora estagiária dividiu o quadro em duas partes, escolheu democraticamente uma escriba. À medida que ia apagando o quadro avançava na reescrita.
d.      Segundo a professora Luciana, era necessário que o texto ficasse para que houvesse a mediação, pois os alunos começaram a contribuir para o texto, a professora escrevia na lousa e o escriba no papel.
e.      Nas contribuições os alunos colocaram: Mario Quintana foi jornalista... redator... Repórter... Depois reticências...

f.        A professora Luciana, que a principio ficara animada com a aula... Mas com o decorrer da mesma, foi se decepcionando, pois não houve mediação. Como organizar o que tinha sido falado? Ficou faltando explorar, fazer uma reflexão sobre a Língua: vocabulário, aspectos gramaticais, as três dimensões não foram exploradas. Ex. quando alunos falaram que Mario Quintana era jornalista, repórter, poderia ter aberto uma aba e questionado:

Jornalista ou repórter? O mesmo quando foi solicitada a colocação das reticências... Já teria sido tudo sobre o poeta?
 





g.       NO intervalo entre as aulas, falou com a estagiaria e sugeriu um trabalho mais sistematizado. Elaborou uma relação de tópicos que produziram boas reflexões sobre a Língua:

                                                               i.      Campo semântico jornalista/redator/editor (trabalho com vocabulário)
                                                             ii.      Organizou a questão do período, frase, oração. – trabalhando a segmentação.





   
       Produção individual (foi trabalhando pontuação)

2)      Movimento                          da gramática para a produção escrita.                        
Foco na reescrita o que estava acontecendo. Ao final da Sequência Didática os alunos puderam compreender e apreender Os alunos ao final da Sequência Didática se apropriaram dos conceitos de frase, oração e período.

LEMBRETE:
1.       Na reescrita coletiva a nomenclatura e o uso social são fundamentais.



 


1.       Para isto a reescrita é uma atividade privilegiada (visitar o Diário de bordo)
2.       Gramática: substituída por análise ou reflexão linguística
Representa mudança conceitual.
                      A reescrita é ação privilegiada.

a.       Ensino de L.P: sempre se debruçar sobre os recursos que o autor dispõe para produzir seu texto.
b.      Conhecimento memorizado – depois é descartado
3.       Os diversos trabalhos sobre uma renovação metodológica, estabelecidos por novos paradigmas sempre associam essa incursão na reflexão da Língua em um texto já iniciado. (reescrita)
4.       A partir desses pressupostos interacionais                         parada para análise
                           Qualidade dos recursos linguísticos

Dois procedimentos que viabilizam o trabalho coletivo e o individual para a construção dessa vinculação:





O importante é o aluno perceber que há um vínculo muito grande entre o eixo da gramática e a reflexão dos recursos linguísticos No relato acima, muitos alunos perceberam essa relação.
São complementos que garante a unidade semântica e só se concretizam no texto.
Da memorização para a transposição na escrita de um texto é muito difícil
Reescrita:
·         O Word permite uma tentativa de reorganizar o texto de um modo bem rápido.
SUGESTÃO: Para o trabalho da reescrita coletiva
Não se pode confundir reescrita com cópias de texto (isso cansa, aluno odeia).
Plano ideal
1.       Professor tenha um retroprojetor, ou:
2.       Um computador portátil, os alunos vão fazendo as alterações (os alunos vão conversando com o texto, professor fazendo as intervenções, professor na lousa registrando).
Plano real
1.       Encomendar a versão original dos textos num formato espaçado onde o aluno e professor possam registrar.
2.       Numa folha de sulfite A4 colocar duas abas.
Texto inicial
Reescrita
Reescrita

 




É importante que o professor:
·         No 1º momento dê uma aula sobre o uso desse procedimento,
·         Tenha competência de acompanhar essas mudanças
·         Estimular o uso de paragrafação, pontuação.
·         Ao final, avaliar o que foi trabalhado.







 




AVALIAÇÃO:
·         VC abordou o tema em vários momentos.
·         Importante: Revisão final- Todo autor/escritor PODE e DEVE fazer uma revisão final.

RETOMANDO O DIÁRIO DE BORDO
Práticas para ensinar a escrever:
·         O ato de escrever não é um momento rápido de abordar um tema. Ações desenvolvidas em forma de projetos (comentário pessoal e em forma de SD) com muitas ações.
·         O material da OLP - converge para essas modalidades organizativas.
·         Esse material é centrado em gêneros.
·         A palestrante chama de “teia de tarefas”
·         Usar abas na reescrita é um conteúdo, assim como noção de período.
·         Ideia de SD em várias oficinas.
·         NO material da OLP vamos encontrar para aprimoramento do texto:
o   Sessões coletivas de reescrita,
o   Grades,
o   Espaçamento,
o   Bilhetes.
·         Exemplo de um bilhete:

 








o   Passar a limpo”: o estudante deve em algum momento passar a limpo. Até mais de um momento, depende do projeto.
o   O aluno não deve reescrever o texto o tempo todo.
o   Passar a limpo, quando a reescrita pode comprometer a lidimidade.
o    
LEITURAS RECOMENDADAS:
1.       Reflexões linguísticas- páginas de 71 a 82: discute questões como o papel da nomenclatura, contém uma lista de conteúdos, coesão, modelização (que são conquistas posteriores à Gramática) Se avançou muito em estudo da Língua. Cadernos do CENPEC
 






 


 








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