Quer que seus alunos aprendam a falar em público e a defender idéias e direitos. Veja algumas sugestões!


Ensinar a falar é tão importante quanto ensinar a ler e a escrever


  Ao entrar na escola, os alunos já sabem se expressar oralmente na língua materna e podem se comunicar sem grandes dificuldades nas diferentes situações do dia-a-dia. Mas é comum acreditar que o desenvolvimento da capacidade de expressão oral seja atribuição da família. Afinal, as primeiras palavras são ditas em casa, diferente das primeiras letras, que são traçadas, na maioria das vezes, na escola. "É necessário valorizar a fala, caso contrário reclamações sobre a incapacidade dos jovens de se comunicar, sobre o abuso de gírias e a falta de vocabulário serão cada vez mais comuns", afirma Maria José Nóbrega, consultora de Língua Portuguesa, de São Paulo. Mesmo os alunos pequenos devem saber que procurar um emprego, defender direitos e opiniões em público, realizar entrevistas, debates e seminários são ações que exigem uma construção gramatical diferente da empregada no bate-papo com amigos. Por isso, um bom currículo escolar promove o acesso a usos de linguagem mais apurados e convencionais. 

 

  Para que desenvolver a oralidade não signifique corrigir a fala dos alunos, reconheça as diferenças culturais presentes na língua.

Como produzir textos orais.
Há diversas situações e projetos,  muitos envolvendo também a leitura e escrita, que podem ser propostos em sala de aula para explorar ao máximo a capacidade de comunicação pela fala. Boas Sequências didáticas, ou projetos de oralidade pedem aos alunos:
Recitar poemas.
Planejar conteúdos para organizar a fala.
Participar de situações autênticas de palestras e debates com apoio de roteiros.
Participar de situações autênticas de palestras e debates com apoio de roteiros.
Elaborar esquemas, cartazes ou transparências para assegurar melhor controle da própria fala durante a exposição.
Conversar com você sobre assuntos alheios aos conteúdos escolares ou durante uma autoavaliação. Dramatizar textos ou situações do dia-a-dia.
Participar de rodas de leitura.
Travar discussão improvisada ou planejada sobre um tema polêmica.
Entrevistar alguém que possa ajudar a compreender um tema.
Argumentar a favor  ou contra determinada posição.
Debater, confrontando posições diferentes a respeito de um assunto.
Expor trabalhos em público.
Representar textos teatrais ou de adaptações de outros gêneros, permitindo explorar tom de voz, ritmo, aceleração e timbre.
(Fonte: Revista  do Professor Nova Escola – nº 168 ANO XVII. Dezembro 2003)

Para falar em público

 Na escola Projeto Vida, de São Paulo, o desenvolvimento da expressão oral é prioridade. Toda semana os alunos de Simone Cavalcanti Garcia Diniz, professora da 2ª série, se reúnem para comentar o final de semana, relatar o que viram na televisão ou mesmo algo ocorrido na comunidade. Já os da 1ª série contam aos colegas de outras classes, pais e funcionários da escola o que aprenderam nos diversos projetos de que participam. A professora Camilla Márcia Gallo ensina como organizar a atividade:
  • Divida a classe em grupos.
  • Ajude na seleção das informações que serão apresentadas.
  • Faça a turma organizar um roteiro com as informações selecionadas.
  • Pesquise com as crianças materiais de apoio (fotos, maquetes, livros...)
  •  Promova ensaios. Crie situações reais de exposição, como mostrar o trabalho a outros grupos e classes.
  •  Dirija o tom de voz, o tipo de vocabulário, a postura ereta e o olhar para os ouvintes. Incentive o falar pausadamente e a respiração correta.
  •  Grave um vídeo com a fala de cada aluno e depois discuta o resultado.  
  • Participe como espectadora da apresentação final.
(Fonte: Revista  do Professor Nova Escola – nº 168 ANO XVII. Dezembro 2003)


 

 

 

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