As linhas tortas da leitura no chão de Graciliano Ramos





As linhas tortas da leitura no chão de Graciliano Ramos


Neste artigo, elaborado para a Plataforma do Letramento, Simone Cavalcante, escritora alagoana, registra sua incursão pelas cidades onde seu conterrâneo Graciliano Ramos estudou e se iniciou no mundo do trabalho e da palavra escrita. Como observa a pesquisadora, a vida escolar irregular, a alfabetização tardia e dificultosa, o ambiente repressor eram alguns dos fatores que poderiam levar Graciliano a se tornar mais um número nas estatísticas do fracasso escolar. No entanto, o acesso à biblioteca do tabelião Jerônimo Barreto, em Viçosa (AL), foi fundamental para mudar o rumo de sua história pessoal e brindar nossa literatura com um de seus maiores nomes.

Além de leitor voraz e escritor brilhante, o Velho Graça, como é carinhosamente chamado, tornou-se uma referência de administração pública, sobretudo na área da educação. Durante sua vivência em Alagoas, o romancista dirigiu a prefeitura de Palmeira dos Índios, a Imprensa Oficial e a Instrução Pública do Estado, que equivale hoje à Secretaria de Educação. As estatísticas da época mostravam a situação trágica da educação: em 1931, apenas 1% da população em idade escolar concluíra o curso primário. Havia carência de merenda, uniforme e instalações físicas adequadas nas 47 escolas municipais e nas 327 estaduais. Além disso, a maioria das professoras no estado era analfabeta.



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